sexta-feira, 16 de abril de 2010

ENTREVISTA LÔ BORGES 18/11/2005


Uma conversa afinada com Lô Borges.

"No início eu até curti, mas fiquei estressado e caí na estrada e fui ser hippie "

Alguns meses atrás eu escutei a versão “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo” pelo grupo Savath & Savalas e isso me fez pegar todos os seus discos antigos. Você já escutou essa versão?
Ah, sim. Eu só vim conhecer quando eu estava me apresentando em São Paulo no SESC. A promotora me mostrou e gostei muito. Achei bem bacana. Para mim chamou atenção por ter sido “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”. As pessoas têm uma atração por essa música. Ira e Um de Nós já gravaram uma versão. Teve um momento da minha vida quando Herbert Vienna queria gravá-la também. Fico muito feliz por isso. Já fui um cara muito gravado por músicos brasileiros como Tom Jobim. Muita gente gravou coisas minhas. “Girassol” já chamou a atenção de diversas pessoas em diversos momentos. Teve Elis, Nana Caymmi, Simone, Gal Costa. Para qualquer compositor isso é legal. Recentemente Beto Guedes gravou duas músicas minhas para o seu disco novo e o 14Bis também.

O que você acha que atrai nos músicos de hoje as suas gravações antigas?
Eu acho que significa que é um conteúdo que foi muito inexplorado. Ocorreu meio que a parte do grande movimento da época. Quem destacou mesmo foi Milton Nascimento. Mas foi feito com muita verdade. Muita sinceridade. Isso é importante, o reconhecimento. Valeu a pena ter feito e a continuar fazendo. A chama tem que estar sempre acessa para continuar escutando. É um reconhecimento de originalidade e coisas para quais retornarnamos ainda hoje. Atemporais, não são datadas. A gente tem feito tudo com muita emoção e verdade. Isso está valendo para as pessoas.

Por que você acha que Milton Nascimento conseguiu mais reconhecimento?
Milton começou muito mais cedo no Festival de Canção. Tivemos possibilidades diferentes. Éramos uma geração diferente. Quando eu tinha 10 anos, ele tinha 20. No álbum Clube da Esquina foi que eu fui lançado. Eu comecei depois. Milton já fazia música há muito tempo. Como Chico, Gilberto, Caetano, Edu, todos eles apareceram no Festival de Canção. Milton também tem uma qualidade de canção indiscutível e conseguiu pelos próprios méritos. Acho que foram vários fatores e também tinha o fato dele ter mais amigos.

Você pensa em fazer algo com as suas obras antigas?
A gente sempre pensa... Mas... Digo, o foco principal do compositor é o que está sendo feito hoje.

Você não gosta de tocar no assunto do passado?
Não, passado é legal. Tenho carinho pelo passado. Gostaria de recuperar as minhas obras editorialmente, refazer alguns discos como um ao vivo do disco do tênis, fazer um show de lançamento que nunca houve... Fazer um DVD.

Você estava no seu estado de espírito normal quando gravou o disco do tênis ou bebia ou usava drogas para poder conseguir aquela produção e instrumentação?
[Risos] Aquele disco foi feito de uma velocidade, foi feito em uma urgência incrível. Eu recebi um contrato por uma gravadora por causa do disco do Clube da Esquina, mas eu não tinha uma bagagem musical. Foi tudo muito rápido, eu tinha que fazer uma música pela manhã e grava-la à noite. Usávamos tudo que estava disponível no estúdio da EMI. Tinha cravo, guitarra, pedais, eu usava tudo. Tudo coisas do estúdio. Fui trabalhando com o que eu tinha na mão. Saía convidando os meus amigos para fazer isso comigo. Várias pessoas do Clube da Esquina participaram desse álbum. Alias, quase todo mundo do Clube da Esquina. Quando não tinha baterista profissional eu chamava alguém que sabia mais ou menos. Saiu bem improvisado. Fazia os arranjos ao vivo. Era uma loucura. Cada gravação eu tinha que ver como tratá-la. Os músicos faziam o que eu queria e eu fazia o que eles queriam. Uma produção coletiva que resultou em uma cara diferente. É o meu disco mais diferente. Tinha toda a formação básica, baixo, guitarra, bateria, mas ele tem muita percussão, Hammond, violas. Foi uma criação de urgência para cumprir o contrato e horário. Entrávamos às seis e saíamos à meia noite. Foi uma época que eu fique estressado. Tinha que fazer tudo no dia e falava o que iria gravar. Porra, eu tenho que fazer uma canção, aí chamava a galera para fazer a letra. Era tudo novidade. Foi isso.

Mas, isso reflete bem o momento que estávamos vivendo. Meio maluco. Tínhamos que fazer o álbum. Coloquei o tênis para me ver livre. Estava apavorado com a ditadura. Tinha gente sumindo ou sendo deportado. Eu estava morando no Rio de Janeiro contra a minha vontade e estava louco para sair do estúdio. Fez um pouco mal a mim no final. No início eu até curti, mas fiquei estressado e caí na estrada e fui ser hippie [risos].

Eita, como era essa época hippie?
Fumei muita maconha, viajei de carona e ônibus. Fui para a Bahia onde estavam todos os bichos grilos da época. Todo mundo ia pra Bahia. Saí com os discos debaixo do braço porque a gravadora tinha me dados alguns e fui passear pelo Brasil viajando de carona e ônibus. Foi importante essa saída. Eu me conheci como compositor, pude viver a minha vida como todo adolescente. Não queria ser um garoto precoce.

Qual era a sua motivação para fazer música?
Eu queria fazer música. Era o meu dia-a-dia. Eu estava fazendo o meu último ano do científico, só que Milton era mais velho e era amigo da minha mãe. Toda vez que ele ia lá a casa ele me via tocar e fez o convite de fazer o disco e ir para o Rio. Isso mudou a minha vida e eu não tinha nenhuma pretensão. Pelo menos não inicialmente. Não era um artista de gravadora. Eu nunca pensei em mim como artista solo, sempre pensei em banda. Eu curtia Beatles, Rolling Stones, era música de grupos. Gostava mais de bandas a solo. Mas aí passei a assinar o meu próprio nome e aí começou... Não tinha planejado. Eu me convenci de que era legal. Milton estava gostando e fiquei inspirado. Eu tive que pedir autorização para a minha mãe. Ela não quis deixar eu ir pro Rio. Dizia que era melhor deixar a música, que era arriscado e coisa de maluco. Negócio de mãe. Milton disse que eu tinha que ir pro Rio de Janeiro e a situação política deixava qualquer mãe preocupada. Fui pinçado. Eu gostava de música, mas isso foi um susto.

Qual é a sua motivação hoje?
A música sempre me motivou. O fato de estar vivo, acordado, comendo, respirando, as dia-a-dia, mulheres. Sou um ser que respira música. Transformar o silêncio em algo me motiva.

Você ainda tem o mesmo tesão para escrever?
Eu escrevo bem menos. Eu faço mais canções. Faço mais letras para as pessoas. Sou um cara que cresceu cheio de letristas em minha volta. Sempre teve alguém para escrever. Quando eu pensava em uma música já pensava em alguém para escrever a letra. No novo disco eu chamei o Chico Amaral. Não faço muito as letras, mas sei que eu tenho a capacidade.

E para entrar no estúdio?
Gosto de gravar. O estúdio é uma relação bem bacana – levar as gravações para casa e para o estúdio. Você pode usar toda a tecnologia, samplear, tem protools. Mas o importante é mesmo o velho bom ouvido – é a coisa principal. Eu uso as coisas do estúdio, tecnologia, mas o principal é a canção. É isso que você divide com os humanos.

Mas... Eu estava numa fase de ter surtos de composição. Passo três ou quatro meses só compondo e três ou quatro meses sem. Mas isso é uma fase. Com Um Dia e Meio eu estava fazendo canções todos os dias. Fiz umas 20, apesar de terem entrado apenas 12. Mas nesses últimos meses eu fiquei afastado. Agora volta a vontade. São movimentos de inspirações. Começa, começa e vai. São ciclos.

O que vão acontecer com essas músicas que não entraram em Um Dia e Meio?
Ficarão abandonadas ou irei usá-las no próximo disco. Eu não sei. Talvez discartadas. Como em Um Dia e Meio eu discartei várias. Não é um problema porque canções são feitas para não terem posse. Para o próximo disco derepente terei várias novas e não precise de uma. Se faltar eu uso. Se eu estiver muito fértil elas serão discartadas.

Como tem sido os shows de lançamento do novo disco?
Toquei no Rio de Janeiro no Canecão, em Belo Horizonte no Palácio das Flores, São Paulo no SESC Vila Mariana e em alguns interiores. Foi muito bacana. O público recebeu bem. Misturei bem as canções com o novo e o antigo. Eu percebi que o público não gosta só de coisas novas. Eles querem escutar coisas antigas que são uma referência. As músicas se misturaram. Eu pude perceber composições que começaram bem há 30 anos atrás. Toco as novas como se fossem antigas e as antigas como se fossem novas.

Por que demorou tanto para sair um disco com novas canções?
Eu me envolvi em outros projetos. Fiz o disco Feira Moderna. Fiz vários shows, fiz um com Samuel Rosa, viajando, tocando com Skank com as minhas canções. Montamos uma banda que nem era a banda do Skank e nem a minha. Inclusive ontem fizemos um show. Fazemos isso às vezes quando conseguimos uma brecha na agenda de Samuel Rosa. Começamos em 1999. Fiquei envolvido com isso.

É fácil encontrar as pessoas para fazer música hoje em dia?
Encontrar com as pessoas para fazer música é sempre bom. Eu trouxe parceiros novos para Um Dia e Meio como Tom Zé e Arnaldo Antunes e antigos como Bastos. Novos e antigos.

Tem alguma história legal que aconteceu durante a gravação?
[Risos] Uma história legal? Foi tudo bacana. Almoçávamos no estúdio quase todos os dias, agente repetia tanto o mesmo prato. Sempre comíamos galeto e fizemos uma brincadeira de chamar o disco “Um Galeto e Meio”. Eu chamei a Ana Karolina para cantar na música “Até Amanhecer”. Ela estava no estúdio por causa do trabalho dela e eu pensei que precisava ter um vocal feminino e aí ela cantou. Foi tudo normal.

Os seus fãs têm crescidos com você?
Eu espero que sim. Eu sou meio inquieto. Pode ser que as pessoas estranhem, que tenham achado diferente e depois se acostumam e acham muito legal. Que estão comprando a idéia e gostando. Continuarei da maneira que for e não precisa está refletindo e mudando o tempo todo com a necessidade de ser moderno. Eu não tenho essa necessidade de ser moderno. As pessoas não perceberam que hoje é o futuro. As críticas foram favoráveis. As críticas oficiais que eu li. Um ou outro disse que eu poderia está perdendo fãs antigos, mas de uma maneira geral foi bom. Eu espero que as pessoas não sejam retrógadas. O artista tem necessidades, é um mutante, está sempre querendo mudar. Tem que entender isso. Especialmente quando mistura a canção. É o cara mesmo. Não está forçando.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

BIQUINI CAVADÃO #AMOR DA MINHA VIDA


Surgido em 1985, o Biquíni Cavadão nasceu do encontro, ainda em colégio, de Bruno Gouveia (vocal), Miguel Flores da Cunha (teclados), Sheik (baixo) e Álvaro Birita (bateria). Descobertos por Carlos Beni - ex-baterista do Kid Abelha - contaram com a ajuda de Herbert Vianna, dos Paralamas do Sucesso, na gravação de sua primeira música - "Tédio" - cuja execução na Rádio Fluminense FM lhes rendeu o primeiro disco na Polygram. De Herbert também veio a sugestão do nome da banda. Não demorou muito para eles completarem a formação com Carlos Coelho nas guitarras. Já no primeiro ano, "Tédio" se destacou entre as melhores canções de 85 e a banda ganhou prêmios como revelação. O primeiro LP trouxe ainda mais participações especiais: Celso Blues Boy e Renato Russo abrilhantaram Cidades em Torrente, eleito um dos dez melhores discos de rock de 1986, e que ainda trazia sucessos como "Timidez", "Múmias" e "No Mundo da Lua". Primeira banda a participar do célebre Projeto Pixinguinha, o grupo percorreu o Brasil de norte a sul em tournée, enquanto compunha seus novos trabalhos. A Era da Incerteza, lançado em 1987, chamou a atenção da crítica, enquanto Zé (89) apresentava um banda que amadurecia diante de seu público, expondo-os em letras sobre críticas sociais, confissões pessoais e uma certa apologia à pessoa comum.

O Biquíni era a banda caçula do Rock Nacional. Alçaram o estrelato com apenas 18 anos, mas dividiam histórias comuns a todos. Este poder de síntese e a capacidade de falar a língua do cidadão comum é que gerou seu quarto disco Descivilização. "Zé Ninguém" entrou nas rádios em momento delicado do país. Seu refrão acabou sendo usado nas ruas pelos estudantes que pediam a saída do presidente Collor. Outras músicas do disco tocaram, como "Impossível" e "Cai Água, Cai Barraco", mas foi "Vento Ventania" que consagrou a banda. A música foi mais a executada nas rádios em 92. Ganharam novos prêmios, destaques e um convite para abrir o Red Hot Chili Peppers no Hollywood Rock, em janeiro do ano seguinte. Os shows seguiram intensos por todo país. Em pleno auge, mudaram-se para a Sony, lançam o quinto disco, Agora, e "Chove Chuva", um clássico de Jorge Benjor, ganhou uma nova roupagem pela banda. De 94 a 98, os integrantes investiram em projetos pessoais, lançaram um livro de partituras, apostaram em estúdios de gravação, tocaram nos Estados Unidos, produziram discos de artistas, do rock ao erudito, e ingressaram pioneiramente na Internet. Com o primeiro email para contato dos fãs, primeiro site oficial de uma banda, fecham acordo com a UNISYS e lançam um CD que visava, já em 1998, a inclusão digital, contendo um kit de acesso à Grande Rede e uma faixa interativa. O nome do disco não poderia ser outro: biquini.com.br. Lançado pela BMG, "Janaína" logo se destacou como novo hit, seguido de Sabor do Sol. Coletâneas da banda também chegaram às cem mil cópias, e eles fizeram shows e apresentações em Portugal. Imersos na tecnologia, gravam o disco seguinte com transmissão de fotos diretamente do estúdio, além de incluírem um diário de todo o processo - isto quase 5 anos antes de alguém falar em blog ou fotolog. Escuta Aqui, que teve apoio da Apple trouxe mais uma faixa interativa, sucessos como "Quando Eu Te Encontrar", "Você Existe, Eu Sei" e a faixa título. Neste ano, completaram mil shows e tiveram sua primeira baixa. Sheik saiu no fim de 2000.

Reduzidos ao um quarteto, em 2001, o Biquíni voltou para a Universal, participaram do Rock In Rio III e lançaram um disco interpretando sucessos de seus amigos e contemporâneos da década de 80. As versões da banda para "Carta Aos Missionários" e "Toda Forma de Poder" do disco 80 ganharam força nos palcos, mas foi "Múmias", do próprio Biquíni, que voltou com tudo nas rádios. A canção trazia a voz original de Renato Russo(morto há cinco anos) em novo arranjo da banda para os versos "esperamos pela vida vivendo só de guerra". Tomou de assalto as rádios coincidentemente na época dos ataques de 11 de Setembro. Com uma formação diferente no palco, incluindo metais, o grupo foi gradativamente aumentando sua força nos shows pelo país. Uma nova geração veio a descobrir o Biquíni Cavadão, especialmente aquela que ia aos grandes festivais: gente que muitas vezes nem era nascida quando a banda surgiu, mas que sabia de cor as canções antigas (embaladas por pais, tios, primos mais velhos) e as novas "Dani", "Quanto Tempo Demora Um Mês" e "Vou Te Levar Comigo". O resultado disso foi gravado em Fortaleza, no Ceará Music de 2004 e se transformou no primeiro DVD do grupo, celebrando vinte anos com as marcas de CD de ouro e DVD de platina, além de uma extensa tour por todo país. Fizeram shows fora do país, tornaram presença obrigatória nos principais festivais e iniciaram um novo ciclo, agora independentes. Gravaram três discos de uma só vez: as coletâneas 1985/2007 vols. 1&2 e o disco de inéditas Só Quem Sonha Acordado Vê O Sol Nascer e não param de colecionar sucessos, como a faixa Em Algum Lugar No Tempo. Em 2008, entraram no Circo Voador, Rio de Janeiro, no dia 20 de Setembro e gravaram para a Somlivre seu segundo CD e DVD. O sucesso do disco "80" rendeu-lhes o convite para um volume 2, desta vez, ao vivo. Com convidados projetados num telão digital, o Biquini fez uma homenagem ao rock brasileiro trazendo várias participações. O rock da nova geração se fez presente com Tico Stª Cruz (Detonautas) e Egypcio (Tihuana) enquanto Claudia Leitte e Hudson (solando guitarra) provaram que o rock também influenciou artistas de outros estilos. A tournée deste CD varreu o país por mais de vinte estados e mais de cem shows em 2009. Ao mesmo tempo, o primeiro DVD Ao Vivo chegou à marca de diamante com mais de cem mil cópias vendidas, totalizando mais de um milhão de discos em sua carreira. Com presença nos principais festivais do ano (Triângulo Music, Ceará Music, Piauí Pop, Fest Music Belém, Festival de Inverno de Brasília, Festival de Verão de Salvador…) o grupo compôs uma nova música em parceria com Lucas Silveira do grupo Fresno e fez seu lançamento no final de 2009.

Mais de 500 cidades já viram os 1700 shows realizados pela banda desde o seu surgimento. O Biquíni é hoje uma banda hiper-representativa do pop e rock brasileiro, antenada com as novas etnologias e querida de norte a sul do país. Um grupo que acompanhou todas as décadas sem ficar perdido no tempo, orgulhosos do seu passado mas atentos ao futuro.

LÔ BORGES #AMOR DA MINHA VIDA!







Lô Borges (Salomão Borges Filho)
Nascido em Belo Horizonte (MG),em 10 de janeiro de 1952


Dono de uma trajetória um tanto quanto incomum na MPB, Lô foi e é, até hoje, um dos grandes ícones do movimento chamado Clube da Esquina, que revelou nomes como Milton Nascimento, Beto Guedes, Toninho Horta e Flávio Venturini e os alçou ao primeiro time da MPB. Movimento este que, ao completar 30 anos, é revisitado e elevado à categoria de genial, sendo humildemente e mineiramente comparado à Bossa Nova, à Tropicália, ao Jazz americano e outros standards.

Filho número seis de dona Maricota e seu Salomão Borges, o pequeno Lô cresceu respirando música, principalmente por conta de seu irmão Marilton, e um tal de Bituca, que rapidamente passou de um mero vizinho do Edifício Levy, em Belo Horizonte, a "décimo-segundo" filho do casal Borges. Mal eles sabiam que ali, daqueles dias trancafiados no "quarto dos homens", nasceria uma parceria que mudaria o rumo da música brasileira. Entusiasmado pela música que ouvia ali, e pelas composições esboçadas por seu irmão Márcio e por Bituca, Lô começou a dedilhar seu violão, atraindo a atenção dos que frequentavam a casa dos Borges, principalmente daquele morador acidental, que dia após dia prestava mais atenção à arte do garoto.

Numa época em que a maioria dos garotos só pensavam em jogar bola, Lô e seu amigo Beto Guedes dividiam seu tempo com a música. Muitos custavam a acreditar que aquele garoto pudesse ser tão talentoso como estava demonstrando, menos o tal do Bituca, que a esta época, já estava sendo mais conhecido como Milton Nascimento e causando furor por onde passava, graças a apresentações consagradoras nos festivais da canção daquela época. O garoto Lô só não podia imaginar que Milton, o então gênio em ascensão, acreditaria na força da música daquele garoto e o convidaria para dividir um disco inteiro com ele.

Em 1972, a família Borges morava na Rua Divinópolis, esquina com Paraisópolis, no boêmio bairro de Santa Tereza, em Belo Horizonte. Dali, daquela esquina, nasceu uma música, um disco e um movimento. Clube da Esquina, o disco e a música foram lançados em 1972, quando Lô tinha apenas 18 anos e a responsabilidade de dividir um disco com Milton não pesava nem um pouco em seus ombros. Muito menos a responsabilidade de gravar "Um girassol da cor do seu cabelo" cantando ao piano, com uma orquestra regida por Eumir Deodato em apenas dois canais. Como se isso não bastasse, o disco ainda tem "O Trem Azul", "Saídas e bandeiras", "Cais", "Paisagem da janela", "Nada será como antes" e "Clube da Esquina nº 2". O movimento a que o disco deu o nome nasceu a partir daí. Na época em que foi lançado, "Clube da Esquina" recebeu críticas positivas, mas a esmagadora maioria não soube reconhecer a genialidade ali registrada nos sulcos. Hoje, 30 anos depois, o disco é reverenciado como um dos dez, se não um dos cinco discos mais importantes da MPB.
Com um contrato nas mãos para gravar um segundo álbum, Lô Borges se viu numa encruzilhada, já que não tinha material para isso. Acreditem ou não, mas as primeiras músicas que ele compôs na vida foram aquelas registradas no "Clube". Daí pra frente, ele teve que se disciplinar para compor as músicas que fariam parte de seu segundo álbum. Acontece que essa disciplina não existia, simplesmente por que Lô jamais tivera que compor por obrigação.

A solução então, foi compor enquanto gravava. Desta maratona, surgiu Lô Borges, seu segundo trabalho. Ou simplesmente, o "disco do tênis" como é conhecido até hoje, graças à foto da capa, que mostra um par de tênis velhos do próprio cantor.

Seria difícil imaginar que aquele garoto de 19 anos faria um trabalho tão ou mais inovador que o anterior, mas a verdade é que isso aconteceu. O "disco do tênis" é considerado um clássico experimental por seu próprio autor e um trabalho à frente de seu tempo, também um pouco ignorado na época. Canções como "Canção postal", "O Caçador" e "Faça seu jogo" estão entre os destaques de um trabalho que acabou por deixar Lô Borges completamente esgotado e sem vontade de continuar fazendo música profissionalmente.

Lô passaria os próximos sete anos sem registrar absolutamente nada do que compunha. Este hiato só seria quebrado em 1979 com o lançamento de Via Láctea. De novo um clássico. Basta citarmos as músicas que compunham este álbum. Nove entre dez canções de qualquer coletânea de Lô Borges são deste disco. "Clube da Esquina 2" - com uma letra criada por Márcio Borges, em cima do instrumental registrado no disco Clube da Esquina - , "A Via Láctea", "Equatorial", "Vento de Maio", "Tudo que você podia ser" e "Nau sem rumo".

O ano de 1980 seria especial para Lô e sua família. Os Borges é um projeto especial que reuniu toda a família, com apenas dois convidados : Milton (que era "da família") e a pimentinha Elis Regina. Um belo disco que mostrou ao mundo o clima que reinava na casa dos Borges, traduzido até em imagens, através da capa, que mostrava o quarto dos meninos, com violões pelo chão e pôsteres pela parede.

Nuvem Cigana é seu trabalho de 1981, em que Lô regravaria a faixa-título, já registrada no Clube da Esquina. Mais uma vez, as composições teriam letras de Márcio e Ronaldo Bastos, com a inclusão de Murilo Antunes no "Clube". Músicas como "A Força do vento" de Rogério Freitas e "Viver, viver" - esta com participação do indefectível Bituca - são uma amostra da capacidade de composição de Lô.

Um hiato de três anos separam "Nuvem" do próximo trabalho de Lô, Sonho Real - que em 2001 ganhou uma reedição luxuosa em CD. É o disco em que seu irmão Telo mais contribui, inclusive com a bela faixa que abre o álbum, "Tempestade". Mais uma vez, o trio de letristas, Márcio Borges, Murilo Antunes e Ronaldo Bastos se faz presente, mantendo assim a chama do Clube acesa.

Em 1987, Lô faz seu primeiro e até agora, único registro oficial ao vivo de sua carreira. Lô Ao Vivo foi gravado no Rio de Janeiro em uma proposta "violão-piano-voz", acompanhado apenas por seu irmão Marilton. As participações especiais de Milton Nascimento ( em "Um Sonho na correnteza" ) e de Paulo Ricardo - então no auge de sua carreira com o RPM - em "Para Lennon e McCartney" ajudam a abrilhantar este álbum que jamais foi lançado no país.

Quase dez anos separam este registro ao vivo de Meu Filme, o disco que o próprio Lô considera - ao lado do "disco do tênis" - como o mais emblemático de sua carreira. O disco foi gravado quase todo com voz, violão e percussão a cargo do mestre Marcos Suzano e do aclamado grupo Uakti. O velho amigo Bituca toca sanfona em "Alô", parceria dos dois. Um outro parceiro bastante famoso dá as caras aqui. Caetano Veloso assina a letra de "Sem não" enquanto Chico Amaral, principal letrista do Skank, assina a faixa-título com Lô. É neste disco que Lô Borges inaugura sua bem sucedida parceria com a banda mineira - principalmente com Samuel Rosa - de quem regravaria "Te ver".

No trabalho Feira Moderna, ele regrava alguns de seus maiores sucessos, além de gravar pela primeira vez a faixa-título, uma parceria sua com Beto Guedes e Fernando Brant. As participações especiais deste disco vão de Edgard Scandurra - um velho fã da música de Lô - a Samuel Rosa. Um disco para antigos fãs relembrarem e novos terem seu primeiro contato com a música de um gênio sempre precoce chamado carinhosamente de Lô.

Como compositor, teve suas canções gravadas por grandes intérpretes da MPB como Milton Nascimento, Simone, Nana Caymmi, Gal Costa, Elba Ramalho, Elis Regina, Ney Matogrosso. A cancão "Trem Azul" foi gravada por Tom Jobim em 1990 e regravada em 1994 numa versão em inglês feita pelo pröprio Tom em seu disco Antônio Carlos Brasileiro Jobim.

Primeira música que conheci do Lô Borges,eu tinha 10 anos,1984.

Sonho Real
Lô Borges
Composição: Lô Borges / Ronaldo Bastos
A primeira vista
A paixão não tem defesa
Tem de ser um grande artista
Pra querer se segurar
Faz tremer a perna
Faz a bela virar fera
Quando alguém que a gente espera
Quer se chegar
Só de pensar
Já me faz mais feliz
Nem bem o amor começa
Eu já quero bis
Chega e instala a beleza
No mesmo momento. . .
Ilusão tão boa
Quanto o astral de uma pessoa
Chega junto, roça a pele
E já quer se enroscar
Lê seu pensamento
Paralisa seu momento
Ao se encostar
Sonho real faz surpresa pra mim
e transe o meu destino com alguém assim
Chega e instala a beleza
No mesmo momento...
Felicidade pode estar pelo sim
Às vezes do seu lado
Tem alguém afin
Chega e instala a beleza
Momento de sonho real
Vem andar comigo
Numa beira de estrada
Desse lado ensolarado
Que eu achei pra caminhar
Vem meu anjo torto
Abusar do meu conforto
Ser meu bem em cada porto
Que eu ancorar
Sonho real faz surpresa pra mim
e transe o meu destino com alguém assim
Chega e instala a beleza
Momento de sonho real

Discografia:
Clube da Esquina - 1972
Lô Borges - 1972
A Via Lactea - 1979
Os Borges - 1980
Nuvem Cigana - 1981
Sonho Real - 1984
Solo - Ao Vivo - 1987
Meu Filme - 1996
Feira Moderna - 2001
Um Dia e Meio - 2003
BHanda - 2006

14 BIS! AMOR DA MINHA VIDA!



O 14bis foi criado no final do ano de 1979, por músicos que já se conheciam e alimentavam a idéia de ter uma banda brasileira nos moldes daquelas bandas internacionais que tanto influenciaram e emocionaram seus integrantes.
Beatles, Rolling Stones, Deep Purple, Yes, Led Zeppelin, Pink Floyd entre muitas outras.
Mas a influência não se resume a música criada fora do Brasil. O “Clube da Esquina” foi para todos do 14 a prova que poderia ser criada no Brasil uma nova Música Brasileira original, popular e ao mesmo tempo sofisticada .
Antes da fundação do 14bis era diante desse caldeirão musical que seus futuros integrantes sonhavam em gravar suas canções e atingir o sucesso. Enquanto isso não era possível trabalhavam cada um junto a um grupo ou artista diferente, sempre buscando o amadurecimento musical e profissional (Flávio e Magrão estavam no “Terço”, Hely e Vermelho no “Bendegó” e Cláudio com Lô Borges).
Naqueles anos o Brasil ainda em processo de redemocratização era um país onde a formação de uma banda era vista com desconfiança pelas gravadoras. Foi com o aval de Milton Nascimento (produtor do primeiro disco) que o 14 foi contratado pela multinacional EMI Odeon para gravar o 14bis I, disco que rapidamente galgou as paradas com canções como Natural e Canção da América, esta uma inédita de Milton Nascimento e Fernando Brant.
No ano seguinte foi lançado o disco 14bis II, disco considerado clássico da banda com inovações harmônicas, vocais e instrumentais trazendo mais sucesso e afirmação no cenário musical brasileiro para o 14bis. Neste disco se destacam músicas como Planeta Sonho, Nova Manhã, Caçador de Mim, Bola de Meia entre outras. Em 1981 foi lançado o “Espelho das Águas” disco onde a banda apresentou novos ritmos e arranjos como pode-se notar em “Mesmo de Brincadeira “ um country mineiro ou “A qualquer Tempo “ um barroco mineiro, além de apresentar mais um clássico inédito de Milton e Brant, “ Nos Bailes da Vida ".
1982 veio com “Além Paraíso” gravado depois de uma viajem aos EUA onde a banda comprou o melhor equipamento existente à época, fato que ajudou a aprimorar ainda mais a sonoridade do disco. O grande hit foi “Linda Juventude”.
Em 83 saiu “A Idade da Luz” quinto disco em menos de cinco anos, com mais um grande hit “Todo Azul do Mar”.
Aí veio o sexto disco onde o 14 experimenta e flerta com a new age (movimento musical britânico). Novas parcerias musicais e estéticas mostram que “A Nave Vai” é multifacetado desde a capa ao conteúdo. Canções como “Nuvens”, blues como “Figura Rara” e a new age “Outras Dimensões” traduzem a inquietude musical e a busca incessante do novo pelos seus integrantes.
O sétimo disco é o último disco de canções inéditas, composto e gravado com a formação original da banda e marca a saída de Flávio Venturini do 14bis para a melhor condução de uma carreira solo que já havia rendido 2 discos paralelos ao trabalho da banda . A parceria com Renato Russo em “Mais uma Vez” é um grande sucesso desse trabalho.
Naquele mesmo ano de 1987 foi gravado o primeiro disco ao vivo do 14bis “14bis ao Vivo” ainda com a formação original.
Já nos anos 90 o 14 lança “Quatro por Quatro”, disco raro no mercado que apresenta músicas como “Romance”, “O Fogo do teu Olhar”, “Dona de Mim” entre outras.
O décimo disco é também o primeiro gravado fora do Brasil, “Siga o Sol” foi quase todo gravado e mixado em New York refletindo bem o momento e o amadurecimento do grupo.
No final nos anos 90 a banda grava o “Bis acústico” apresentando aos fans grandes sucessos da banda no formato acústico e também canções inéditas como “Sonhando o Futuro”.
Em 2000 a banda grava com o grupo “Boca Livre” um belo trabalho ao vivo “14bis e Boca Livre ao vivo” com clássicos das duas bandas.
Em 2004 o 14 lança mais um disco de músicas inéditas, “Outros Planos” onde a banda mostra novas parcerias e belas músicas como “Outono”, “Canções de Guerra” e “Constelações” entre muitas outras.
O trabalho mais recente é o CD e DVD “14BIS ao vivo”, primeiro DVD da banda contendo seus grandes sucessos e trazendo a participação de Flávio Venturini, Beto Guedes, Rogério Flausino e Marcus Vianna.
Os planos para o futuro breve são o remix do CD “Outros Planos” com a adição de duas canções inéditas e a comemoração dos 30 anos da banda com a volta de Flávio Venturini para a gravação de um CD e DVD de sucessos da banda e de inéditas do grupo compostas especialmente para comemorar estes 30 anos de sucesso.

O 14Bis é formado por:

Cláudio Venturini - Guitarra - Vocal
Hely Rodrigues – Bateria
Sergio Magrão – Baixo – Vocal
Vermelho – Teclados - Vocal

http://www.14bis.com.br/Default_14.htm

RECORDAR É VIVER





WILLIE OLIVEIRA


Eu encontrei no ares e no 4 sharede musicas que ouvia aos meus 10,11 e 12 anos,Willie de Oliveira,ex Radio Taxi,"sinal de paixão","fim de semana sem grana" da trilha da novela amor com amor,se paga,que tem também "bichinho colorido",Vinicius Cantuaria "Cheio de amo","silvia","só vc","Na Canção",da época no Biquini Cavadão 85,"como é bom te amar",músicas que naum ouvia há anos no rádio,tirando as do vinicius.Prêntice "olha pra min","vc ainda mora em min"infelizmente,faleceu em 2005,não esqueço as musicas dele,mesmo não ouvindo há nos.Do Rádio taxi uma inesquecível para min é ping pong,faz anos que não ouvia até baixa no ares.



Sinal de Paixão
Willie de Oliveira
Alguém chegou, tocou em mim assim com mãos de cigana
Deu um calor entrou em mim assim com jeito de dona
São os tais velhos sinais de mais paixão
Sensuais bolas de gás nos pés do chão
Oh meu amor abre a janela então e entre com o vento
Me faz de flor tire de mim o mel e o pólen do tempo
Faz que traz o que jamais é natural
Pede mais que o coração não faz por mal
Quando diz não, não, é coisa de momento, quando for não, não, não
É só me dar o exemplo
Oh meu amor abre a janela então e entre com o vento
Me faz de flor tire de mim o mel e o pólen do tempo
Faz que traz o que jamais é natural
Pede mais que o coração não faz por mal
Quando diz não, não, é coisa de momento, quando for não, não, não
É só me dar o exemplo


Não Diga Nada
Prêntice
Composição: Prêntice/Ronaldo Bastos/Ed Wilson/Gilson
Olha pra mim
Não diga nada
Nos seus olhos vai nascer a madrugada
Sonha pra mim
Um sonho lindo
Nos seus olhos vejo um filme colorido
O momento de esquecer
Esse mundo absurdo
Mas não pense que eu fico mudo
Por não ter razão
Não diga nada
Talvez eu encontre o caminho
Não diga nada
Entre nós não existe segredo
Não diga nada
Deixe o vento varrer as palavras
Olha pra mim.

Cheio De Amor
Vinicius Cantuaria
Composição: Vinícius Cantuária
Cheio de amor sincero
Coisa sem explicação
Sem ilusão, moderno
Se você quer
Eu quero
Fica inteira comigo
Que eu fico inteiro contigo
Enquanto houver sentido
Largo não, não
Tua mão
Largo não
Largo não, não
Tua mão
Largo não
Quero você bem perto
Cabeça e coração
Amor total, completo
Se você quer
Eu quero
Fica inteira comigo
Que eu fico inteiro contigo
Enquanto houver sentido
Largo não, não
Tua mão
Largo não
Largo não, não
Tua mão
Largo não

Só Você
Vinicius Cantuaria
Composição: Vinicius Canturária
Demorei muito pra te encontar
Agora eu quero só você
Teu jeito todo especial de ser
Fico louco com você
Te abraço e sinto
Coisas que eu não sei dizer
Só sinto com você
Meu pensamento voa de encontro ao teu
Será que é sonho meu?
Tava cansado de me preocupar
Tantas vezes eu dancei
E tantas vezes que eu só fiquei
Chorei, chorei
Agora eu quero ir fundo lá na emoção
Mexer teu coração
Salta comigo alto e todo mundo vê
Que eu quero só você
Eu quero...
Só você... só você
Te abraço e sinto
Coisas que eu não sei dizer
Só sinto com você
Meu pensamento voa de encontro ao teu
Será que é sonho meu?
Tava cansado de me preocupar
Tantas vezes eu dancei
E tantas vezes que eu só fiquei
Chorei, chorei
Agora eu quero ir fundo lá na emoção
Mexer teu coração
Salta comigo alto e todo mundo vê
Que eu quero só você
Eu quero...
Só você... Só você

VOCÊ AINDA MORA EM MIM

Prêntice

Se ainda doi meu coração
Perguntam amigos
Por mais que eu responda não
Mentiras eu digo
Invento ter um novo amor
E que esse amoooor
Pra miiiiim é tuuuudo, você
Ainda mora em miiiim.
Voceeeeeê, ainda mora em mim.
Sagrado é o nosso amor
Qual vinho, qual tinto
Seu corpo cheira feito flor
Só nele me abrigo
Escuto você chamar
E quando deito
você está nos sonhos
Luz que reflete inerte no meu peito
Que solidão
Cabelo, pêlo, pele, paladar
Palavras, estão vivos
Você, ainda mora em mim Uuuuuuuuu
Você, ainda mora em mim

PING-PONG

Composição: Lee Marcucci, Tavinho Paes e Wander Taffo
Interpretação: Grupo Rádio Taxi
MIDI

Girl, já sei que o corpo curtiu
Eu tento um jeito de armar
A melhor... maneira pra te dizer
Teu signo astral é o tal
Que divide prazer
Nós dois a sós
No ar um bis
Já me perdi porque só fiz amor

Amor é bom quando distrai
Faz ping-pong no colchão
Amar é bom quando distrai
Amor adora confusão

[Solo]

Girl, se o fone tocar
Pense em mim
De longe, eu vou sentir
Que me dá mais prazer
Nós dois à sós
No ar, por um triz
Rolou de tudo que eu sempre quis

Amor é bom quando distrai
Faz ping-pong no colchão
Amar é bom quando distrai
Amor adora confusão

Ping-pong, ô, ô, ping-pong
Ping-pong no colchão
Ping-pong, ô, ô, ping-pong
Amor adora confusão
(Bis)